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09 novembro 2007

Exposição de fotografia de Teresa Huertas (2)

Teresa Huertas perdeu a mãe aos dezasseis anos.
Na impossibilidade de lhe tocar hoje, de lhe falar hoje, de a compreender hoje (quem compreendia a sua mãe aos dezasseis anos?), de a fotografar hoje, o diálogo e o reencontro (im)possível entre a mulher adulta e a sua mãe é feito hoje através de fotografias de fotografias e fotografias de objectos. Um maço de cartas de amor, um colar de pérolas, uma fotografia da primeira comunhão. De uma simplicidade e beleza tocantes e de uma sensibilidade comovente, esta exposição (no mais pleno sentido da palavra) além de uma excelente exposição de fotografia (porque as fotografias são mesmo muito boas) é uma interpelação a cada um de nós, visitante, à relação que mantemos com o nosso passado adolescente, as nossas dores de crescimento, os nossos pequenos ressentimentos, tão irrelevantes quando comparados com a riqueza maravilhosa de ainda termos Mãe.

1 comentário:

Terpsichore Diotima (lusitana combatente) disse...

Quem vence uma verdadeiramente má mãe, e uma má família, sem ninguém que a ajude, vence a luta mais difícil e dolorosa que há.

Cumprimentos