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05 julho 2017

É o profissionalismo, estúpidos!

É um fenómeno do tempo em que vivemos. Depois da hiper-especialização do século XX (com as profissões cada vez mais e mais especializadas) no século XXI assiste-se à diluição das competências e das profissões. Embora fosse necessário pôr um fim à hiper-especialização, que estava a conduzir a que se soubesse cada vez mais acerca de cada vez menos até ao ponto de se chegar a saber tudo acerca de nada, é necessário não cair no extremo oposto. O saber específico do arquitecto não é o saber específico do engenheiro. Na minha área isto começou há mais tempo, quando as carreiras de bibliotecário e arquivista foram extintas e se diluiu a formação em diferentes cursos de uma coisa vaga denominada Ciência da Informação que é tudo e não é nada. Como se médicos, enfermeiros, analistas clínicos, fisioterapeutas pudessem ser colocados todos no mesmo saco a fazer as mesmas coisas e chamar-lhes Profissionais de Saúde.
Hoje, um bibliotecário que reclame o regresso da carreira e da regulação do exercício da profissão corre sérios riscos de ser acusado de corporativismo. Não é corporativismo. "É o profissionalismo, estúpido!"

Siza Vieira e Souto Moura reagem a pretensões de engenheiros

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